Querido Papai Noel, pode parecer um pouco adiantado para escrever esta carta, mas a ansiedade bate à porta, e o desespero também. Perder para a Argentina, compreendemos, é parte do jogo. No entanto, três derrotas consecutivas e uma sexta colocação nas Eliminatórias não são normais para uma seleção pentacampeã mundial. A boa notícia é que a competição só retorna em setembro do próximo ano, tempo suficiente para reorganizar a casa. E para isso, precisamos da chegada de Carlo Ancelotti.
Apesar dos méritos de Fernando Diniz, que teve uma excelente temporada pelo Fluminense, sua proposta de jogo é complexa de ser implementada com pouco tempo de trabalho. É evidente que essa abordagem não terá sucesso, especialmente quando a base da equipe é proveniente de filosofias completamente diferentes nos últimos dois ciclos de Copas do Mundo.
A geração brasileira está em transição, mas esse processo não ocorre da noite para o dia. Integrar essa mudança juntamente com uma adaptação no estilo de jogo pode ser arriscado, mesmo com seis vagas disponíveis para o próximo Mundial. A promoção de muitos jogadores pode parecer audaciosa, mas vemos seleções competitivas no Equador e na Venezuela, que agora não apenas desafiam, mas lideram a classificação à frente da Amarelinha.
A Seleção Brasileira já perdeu um ano em direção à Copa do Mundo de 2026, não podendo se dar ao luxo de desperdiçar mais tempo. Não seis meses sequer. Manter Diniz para a próxima temporada seria um erro pior do que esperar pela boa vontade de Ancelotti.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, precisa urgentemente buscar uma decisão de Ancelotti. Sua chegada é vital. Um treinador europeu que respeita a criatividade dos jogadores brasileiros, Ancelotti incorpora a academia europeia que tem dominado os conceitos do futebol mundial. O italiano é, sem dúvida, o nome ideal para assumir a Amarelinha. Se ele estiver disposto. Caso contrário, os responsáveis pela Seleção precisam agir rapidamente para contratar um treinador definitivo, que não represente uma ruptura de ideias e que, além de filosofias, traga resultados imediatos. E essa pessoa não é Fernando Diniz.
Então, querido Papai Noel, ouça esses mais de 200 milhões de “bons meninos” e dê uma força aí.