O jornal italiano “Gazzetta dello Sport” relata que a realização da Supercopa da Itália está sob ameaça. Prevista para ocorrer durante a temporada 2023-24 na Arábia Saudita, Fiorentina e Napoli, dois dos quatro clubes qualificados, consideram boicotar o evento. A Federação Italiana de Futebol (FIGC) ajustou o calendário da Serie A para permitir a viagem das equipes ao Oriente Médio. No entanto, os presidentes de Napoli e Fiorentina, Aurelio De Laurentiis e Rocco Commisso, respectivamente, estão considerando oficialmente a retirada devido a questões financeiras e de direitos televisivos na liga local.
De Laurentiis expressou sua preocupação: “Quem quer ir à Arábia para jogar a Supercopa é um idiota. Viram o que acontece em Israel? Pode haver um bloqueio aéreo naquela região. Percebem que vamos levar em quatro aviões 120 jogadores que valem tudo o que valem, só para ganhar mais alguns milhões? Por que não fazer isso no Estádio Olímpico? Não estou boicotando, mas apenas disse para pensarem nisso com cuidado.”
Essa decisão pode acarretar em sanções para Fiorentina e Napoli, como perda de pontos no Campeonato Italiano. A FIGC já está avaliando substitutos para esses clubes, com Milan e Atalanta como principais opções, pois foram os próximos na classificação da Serie A de 2022-23, excluindo os já qualificados para a Supercopa.
Esta será a primeira edição da Supercopa Italiana com a participação de quatro clubes, incluindo os finalistas da Copa da Itália e os dois primeiros colocados na liga. A Arábia Saudita já sediou o evento em três ocasiões: 2018, 2019 e 2022-23, testemunhando as vitórias de Juventus, Lazio e, na última edição, a vitória da Internazionale sobre o Milan por 3 a 0 em Riade.