A data FIFA de novembro transformou-se em um pesadelo para alguns clubes, com importantes jogadores do futebol europeu sofrendo lesões durante o período de jogos entre seleções. No entanto, a grande dúvida persiste: quem arca com os salários desses atletas lesionados durante o período de recuperação? A FIFA ou os próprios clubes?
Com base nos contratos de trabalho, a responsabilidade pelos salários dos jogadores lesionados na data FIFA recai sobre os clubes. No entanto, o prejuízo pode ser atenuado graças ao Programa de Proteção dos Clubes da FIFA, em vigor desde 2012, que funciona como uma espécie de “seguro”.
A versão mais recente do regulamento (clique aqui para ler) abrange o período entre 1º de janeiro de 2023 e 31 de dezembro de 2026.
Por meio desse programa, os clubes podem receber indenizações milionárias, dependendo do tempo em que o atleta fica afastado. A indenização é concedida apenas se o jogador se lesionar durante compromissos pela seleção e permanecer fora de ação por mais de 28 dias consecutivos. O valor da compensação da FIFA varia em cada caso, baseando-se no tempo de recuperação e no salário fixo de cada jogador. Jogadores com vencimentos mais elevados asseguram aos seus clubes uma indenização proporcionalmente maior.
Limite Máximo de Indenização: O desafio para os clubes é que o programa estabelece uma compensação máxima de € 7,5 milhões (R$ 40,1 milhões) por jogador e lesão, alcançando esse limite apenas em situações extremas. O montante total do Programa de Proteção de Clubes da FIFA é de € 80 milhões por ano (R$ 428,1 milhões).
O regulamento mais recente, abrangendo o período de 1º de janeiro de 2023 a 31 de dezembro de 2026, detalha as condições do programa. Vale ressaltar que todos os clubes de futebol estão protegidos em caso de invalidez temporária total decorrente de acidentes sofridos por seus jogadores durante o “tempo operacional” da FIFA.