O Corinthians e a casa de apostas Esportes da Sorte enfrentam um momento decisivo nesta sexta-feira, 11 de outubro. A data marca o prazo final para que a empresa consiga regularizar sua situação junto ao Ministério da Fazenda e obtenha a liberação para operar em todo o território nacional. Caso contrário, o contrato de R$ 309 milhões firmado entre as partes, que tem validade até o fim de 2026, poderá sofrer sérias consequências.
A Esportes da Sorte foi incluída em uma lista de plataformas de apostas com restrições de operação nacional. Atualmente, a empresa possui uma autorização de atuação limitada ao estado do Rio de Janeiro, concedida pela LOTERJ (Loterias do Estado do Rio de Janeiro). No entanto, para manter sua parceria com o Corinthians em âmbito nacional, é essencial que a Esportes da Sorte regularize sua licença federal.
Pressão da CBF e regulamentação
A situação ganhou mais um capítulo quando, na última quarta-feira, a CBF enviou um ofício ao Corinthians, citando o artigo 114 do Regulamento Geral de Competições. O documento reforça que a exibição de publicidade de operadoras de apostas nos uniformes das equipes só é permitida caso as empresas cumpram integralmente as exigências estabelecidas pelo Ministério da Fazenda.

Em uma nota divulgada no início da semana, a Esportes da Sorte reafirmou que está em busca da autorização necessária para continuar operando em todo o Brasil. A empresa afirmou que já atendeu aos requisitos exigidos e que aguarda a decisão sobre um recurso administrativo. Até o momento, mais de 210 casas de apostas conseguiram as devidas autorizações.
O impacto para o Corinthians
O Corinthians acompanha de perto os desdobramentos desse processo, já que o resultado pode ter impacto direto nas finanças do clube. Caso a Esportes da Sorte não obtenha a licença federal, a marca poderá ser removida das camisas do Timão, e o site da empresa deixaria de operar no Brasil. Com isso, a casa de apostas perderia sua principal fonte de receita para honrar o contrato de patrocínio com o clube.
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O Timão também já está se preparando para possíveis ações legais que possam ser movidas pela empresa, na tentativa de garantir sua continuidade no mercado brasileiro. Paralelamente, o clube tem buscado alternativas para o caso de uma ruptura na parceria, tendo recebido sondagens de duas outras empresas interessadas em ocupar o espaço de patrocinador master na camisa.
Garantias contratuais com o Corinthians
Apesar da incerteza, o Corinthians se apoia em algumas garantias importantes. O contrato com a Esportes da Sorte inclui uma cláusula de multa rescisória de R$ 100 milhões, que deve ser paga pela empresa em caso de rompimento do acordo. Além disso, a parceria inclui um aporte de R$ 57 milhões, utilizado pelo clube para a contratação do atacante holandês Memphis Depay, um dos principais reforços da temporada.
O desfecho deste imbróglio pode definir não apenas o futuro do patrocínio, mas também as estratégias de marketing e de receita do Corinthians nos próximos anos. Enquanto a sexta-feira se aproxima de seu fim, todos os olhos estão voltados para o Ministério da Fazenda e para as decisões que poderão mudar os rumos da parceria.
