O Cruzeiro enfrenta uma situação de grave risco de rebaixamento. Após a derrota para o Internacional por 2 a 1 no último domingo (5), a equipe agora se encontra na 17ª posição, dentro do temido Z4. Este clube, que foi campeão da Série B e retornou à primeira divisão após um hiato de três anos, teve sua SAF adquirida por Ronaldo no início do ano passado. Este cenário se assemelha ao do Real Valladolid, um clube espanhol que também é administrado pelo Fenômeno.
Ronaldo assumiu a propriedade do Valladolid em setembro de 2018, no início daquela temporada europeia, com a promessa de consolidar o clube na elite do futebol espanhol após sua recente promoção à primeira divisão da La Liga. No entanto, desde então, os pucelanos – como são chamados os torcedores do Valladolid – enfrentaram dois rebaixamentos em cinco anos. No primeiro ano de Ronaldo como administrador, o Valladolid terminou La Liga na 16ª posição, apenas duas acima da zona de rebaixamento, lutando contra o descenso até o fim. Embora tenha se mantido na temporada seguinte, não conseguiu evitar o rebaixamento em 2020/21, voltando para a segunda divisão. Apesar de um rápido retorno à elite, o clube caiu novamente na temporada mais recente e está atualmente na La Liga 2. Esses resultados desfavoráveis geraram uma série de protestos por parte dos torcedores do Valladolid, que, desde o início deste ano, aumentaram a pressão sobre Ronaldo. Além disso, mudanças na identidade visual do clube, a venda de jogadores-chave e o rebaixamento provocaram pedidos pela saída do Fenômeno.
A situação no Cruzeiro também é marcada por desconfiança. Ronaldo foi inicialmente elogiado por sua gestão ao assumir o clube, trazendo-o de volta à Série A após três anos na segunda divisão e melhorando a situação financeira da equipe. No entanto, agora ele enfrenta críticas da torcida, que teme outro rebaixamento. Protestos ocorreram no Centro de Treinamento, e a equipe obteve apenas uma vitória no Mineirão durante o torneio.
Ao longo do Campeonato Brasileiro, o desempenho do Cruzeiro declinou, levando a equipe a entrar no Z4. De acordo com as análises da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o time enfrenta uma probabilidade de 20,8% de ser rebaixado para a Série B.
Mesmo com a troca de comando técnico e a chegada de Zé Ricardo, o Cruzeiro ainda está sujeito a graves riscos de rebaixamento, e a principal meta agora é garantir a permanência na elite do futebol brasileiro, evitando repetir o histórico do Valladolid com Ronaldo.
Para alcançar esse objetivo, o Cruzeiro precisa voltar a vencer nas rodadas finais do Brasileirão. Conforme a UFMG, uma equipe que alcançar 47 pontos tem menos de 1% de chance de ser rebaixada para a Série B. Isso implica que a Raposa necessita de três vitórias e um empate nas sete últimas rodadas.
A próxima partida da equipe será no sábado (18), às 16h, contra o Coritiba, no Couto Pereira. O Coritiba também enfrenta uma situação complicada na tabela do Brasileirão.