No confronto entre Flamengo e Atlético-MG nesta quarta-feira (29), pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, a atenção não estará apenas nas quatro linhas, mas também se voltam para os técnicos, Tite e Felipão, cujas histórias, entre tapas e beijos, estão entrelaçadas há décadas. O que já foi uma amizade íntima agora é marcado por 13 anos de silêncio.
Tite e Felipão não começaram o Brasileiro no comando das suas equipes, mas foram responsáveis pela virada dos times na competição, o que apimenta ainda mais o duelo no Maracanã.
O Galo é o líder do returno, com 33 pontos ganhos em 16 partidas, aproveitamento de 68,7%. Já o Rubro-Negro, o vice, tem 31 pontos no mesmo total de jogos e 64,5% de rendimento.
Os dois grandes técnicos já foram próximos, até que no ano de 2010 quando uma disputa pelo título brasileiro dividiu os caminhos dos dois treinadores. O Corinthians de Tite dependia do Palmeiras de Felipão para assumir a liderança, mas o Fluminense acabou campeão. Para Tite, a falta de empenho do antigo amigo foi evidente.
O ano de 2011 trouxe ainda mais polêmicas. Após a eliminação na Libertadores, uma declaração de Felipão sobre Tite gerou ressentimento. A relação estremeceu ainda mais com a cena icônica de Tite gritando “fala muito” à beira do campo no meio de uma discussão com Felipão, em um Corinthians x Palmeiras, no Pacaembu.
Assim a partida entre Flamengo e Atlético quase uma final antecipada do Brasileirão. Soma-se a isso o embate entre os antigos amigos a atuais desafetos.